segunda-feira, 26 de julho de 2010

Bodas de Prata

Minha mãe se emocionava ao escutar uma música chamada "Bodas de Prata". A letra diz mais ou menos o seguinte:

"Beijando teus lindos cabelos
Que a neve do tempo marcou
Eu trago nos olhos molhados
A imagem que nada mudou

Tu estavas vestida de branco
Sorrindo
E querendo chorar

Feliz, assim,
Olhando para mim
Que nunca deixei de te amar..."

São 25 anos de namoro. De casamento faremos 22 sexta feira. É uma vida e nesse período produzimos duas super vidas, que contam 16 e 15 anos.
A neve do tempo marcou, sim, nossos cabelos. Eu tinjo e invento um monte com as cores das mechas. O Ricky não. Acho que dura 25 anos porque a gente persistiu se emocionando junto, parceiros sempre. Fizemos a vida com a nossa cara, às vezes como a gente queria, às vezes não, às vezes como foi possível. Um dia depois do outro. Acho que foi e é isso que vem fazendo dar certo: é amor de dia a dia, arroz com feijão, de despertador tocando 5 e meia, de perguntar como foi o dia querendo saber mesmo. Regando, cortando o mato daninho fora, cultivando a parceria, o carinho e o bom humor. Acho que dá pra encarar outros 25, vambora, que amanhã tem que acordar cedo, trabalhar, ir no banco, levar a roupa na lavanderia, o cachorro no banho, o filho onde inventou agora...Eh, delícia!