sábado, 26 de novembro de 2011

"Eterno, é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade, que se petrifica, e nenhuma força jamais o resgata...." C.D.A.


Minha amiga Telma fala sempre da minha memória. Um dia um professor de Medicina Legal dirigiu a mim uma pergunta, com a deixa "a Senhora, que tem boa memória, sabe dizer..." E eu soube!

Pois sobre essa minha característica, ora me orgulho dela, ora tenho vergonha (já ouvi várias vezes "nossa, você lembra DISSO??"). As vezes até sofro, porque ao recordar sentimos saudade. Palavrinha que só em Português existe, dizem. Nessas horas eu queria ser mais germânica, talvez assim mais fria, indiferente, imune às lembranças. Por conta de guardar tanto as imagens, as palavras, os sons e os olhares, me resta com frequência a ressaca dos acontecimentos. Ressaca da alegria, do prazer de rever as pessoas, dos olhares, dos comentários, agradáveis ou maldosos. Já ouvi que "quem vive de passado é museu".Mas e se as lembranças reverberam, ficam vagando no espaço indefinido entre o cérebro e o coração (que deve ter um nome definido, os anatomistas venham em meu socorro, por favor) o que fazer? Essas lembranças quase fantasmagóricas devem estar é mandando um recado, nos chacoalhando e dizendo "lembra que você andou aqui? Não esqueça de onde você veio!" E como fazemos para guardar todo o carinho que envolve algumas recordações? Não, a gente não guarda. Coloca em prática e assim preserva ou quem sabe até prorroga vínculos preciosos, que o tempo imagina ter a pretensão de apagar.Aí sim entendemos o conceito de eternidade, que o Drummond cunhou tão bem - "com tamanha intensidade que se petrifica e nenhuma força o resgata".
Alguém sabe onde é que mora a amizade, onde é que mora a alegria? No Largo de São Francisco, na Velha Academia!

terça-feira, 22 de novembro de 2011



E eu sei que vão sair no mesmo lugar! Das duas eu já conheço os obstáculos, os perigos. As duas são tortuosas, ambas têm perigos, bandidos escondidos, armadilhas...