Sacolas de compras na mão, esperando para atravessar a rua, quando um casal bem jovem também parou, exatamente quando ela acabava um discurso para dizer que ia acender um cigarro e pronto! Ele disse que ela não precisava dar satisfações a ele quando decidisse fumar.
Continuei meu caminho e eles continuaram trocando resmungos.
Na quadra seguinte por acaso nos aproximamos de novo e ele alertava: chegando lá não vou nem cumprimentar seu pais, antes de qualquer coisa vou ao banheiro. Não ouvi a resposta, mas ela não parecia ter visto algum problema nisso.
Ando mais um pouco, me afasto de novo e outra esquina, outra rua para atravessar.
E eu escuto aquilo que ele pensou ser o golpe fatal, o tom era de dúvida se ela continuaria levando o romance adiante: eu tenho chulé.
Ela não deixou por menos: eu ronco. E ele, altivo "Ah, ronca? Da hora!"
Atravessamos, fui em frente e eles seguiram pela outra rua.
Se conseguirem manter a paixão pelo mínimo prazo necessário, são candidatos a bodas de ouro. Que Cupido, Afrodite, Eros, Santo Antonio e todos os deuses do amor e dos relacionamentos os guiem