sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

D.R. versão 2014

Sacolas de compras na mão, esperando para atravessar a rua, quando um casal bem jovem também parou, exatamente quando ela acabava um discurso para dizer que ia acender um cigarro e pronto! Ele disse que ela não precisava dar satisfações a ele quando decidisse fumar.

Continuei meu caminho e eles continuaram trocando resmungos.

Na quadra seguinte por acaso nos aproximamos de novo e ele alertava: chegando lá não vou nem cumprimentar seu pais, antes de qualquer coisa vou ao banheiro. Não ouvi a resposta, mas ela não parecia ter visto algum problema nisso.

Ando mais um pouco, me afasto de novo e outra esquina, outra rua para atravessar.

E eu escuto aquilo que ele pensou ser o golpe fatal, o tom era de dúvida se ela continuaria levando o romance adiante: eu tenho chulé.

Ela não deixou por menos: eu ronco. E ele, altivo "Ah, ronca?  Da hora!"

Atravessamos, fui em frente e eles seguiram pela outra rua.

Se conseguirem manter a paixão pelo mínimo prazo necessário, são candidatos a bodas de ouro. Que Cupido, Afrodite, Eros, Santo Antonio e todos os deuses do amor e dos relacionamentos os guiem