sábado, 29 de dezembro de 2012

14.03.1964 - 29.12.2012

Em tempos de balanço de final de ano, achei um rascunho que eu ia postar em março passado, como um resumo autobiográfico até aquela data. Ia guardar para o próximo aniversário, mas até lá certamente terei mais coisas boas para acrescentar. Faço questão! Então vai agora, em quase final de ano, o que dá para dizer de 48 anos, 9 meses e 15 dias.

Muitos cabelos brancos pintados, por mais que isso canse. Não consegui bancar a ideia de assumir os brancos. Tinta neles, sim.
Mais peso do que eu gostaria. Dá para reverter.
No mais, saúde boa graças a Deus e a mim também.
Saudade dos pais, dos avós, de tios e tias queridos. Saudade  de um cunhado e primos que foram muito cedo. E uma deliciosa nostalgia pela família que já foi maior, mas ainda é grande e sempre será grandiosa de afeto e alegria, um misto de muito amor e orgulho de pertencer a ela - ainda que a marca física disso seja a medida avantajada dos quadris...
Um grande amor, que é um privilégio na existência de quem quer que seja. Antes do posto de marido, com todos os atributos do cargo, posso falar do meu companheiro de estrada, cetim, pedras, linho, águas, veludos, sedas, fogo e ar como um grande amor. Que sorte.
Dois filhos. Dois universos, dois desafios, duas vidas intensas dentro do meu coração e, por mais que doa, cada vez mais fora de casa. Duas bençãos, dois orgulhos, duas vezes infinito e desmesurado amor.
Duas irmãs. Dois milhões de histórias pra contar...Vínculo muito apropriadamente chamado "de sangue", porque às vezes parece que tem um volume extra nas minhas veias, lotadas desse afeto.
Quatro sobrinhos. Dois sobrinhos netos. Ramificações da minha própria história em vidas cheias de suas próprias interessantíssimas histórias, que leio às vezes de longe, mas com um afeto que talvez ninguém (nem eles) imaginem.
Uma graduação cheia de histórias, amigos, orgulhos.
Alguns bons amigos, muitos de longuíssima data. Até do tempo em que a gente não sabia direito quem era, muito menos o que ia ser, mas o tempo passou e eles estão aí. Graças a Deus.
Duas profissões. Infinita luta, persistência, insistência.

QUE VENHAM MAIS 365 FOLHAS EM BRANCO




Sim, 2012 teve várias coisas boas. Mas vai embora como todo ano, então que vá!

Para o próximo bloco de 365 dias há expectativas e alguns planos.

Sempre gostei de papéis, folhas, blocos, cadernos, agendas, então vou pensar assim: virão 365 folhas em branco para escrever, desenhar, amassar e jogar fora, respingar de café, de chocolate, de molho...de lágrimas.

Algumas podem começar com um lembrete do que deve ser escrito hoje, rascunhado um pouco antes, lembrando de projetos que só serão concluídos se continuados. Até folhas de papel se encadeiam, as idéias às vezes passam por etapas para se concluirem, muitas vezes precisam ser amadurecidas.

Acho que assim vai ser bacana - 365 possibilidades de ser feliz, uma de cada vez, algumas em grupo. Vamos em frente!